Técnica vs. Tecnologia

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Técnica e Tecnologia são palavras que estão intimamente relacionadas e, embora possuam uma origem em comum, ambas expressões têm significados diferentes. Apesar de muitas pessoas ficarem confusas ao emprega-las, esse ensaio, por meio de um quadro sinótico busca destacar as diferenças entre técnica e tecnologia através da comparação das atividades entre diferentes profissionais a fim de ajudar a remover a confusão que geralmente tais palavras trazem.

PROFISSÃO
Pedagogo
Delegado
Militar
Pedreiro
FORMAÇÃO
Graduação em pedagogia.

Graduação em bacharel em direto.
Não é necessária uma  graduação específica, mas uma formação em alguma área técnica ou superior do conhecimento.
Não é necessária formação, mas ser capaz de verificar características da obra ao examinar projetos e especificações. Atualmente há cursos para especialização nessa área.

FERRAMENTAS
Planejamento, sala de aula, materiais escolares, materiais didáticos e paradidáticos, livros, cadernos de atividades.

Arma de fogo, distintivo.
Uso do uniforme e em certos casos/setores uso de armas de fogo para serviço de sentinela.
São muitas as ferramentas, tais como: colher, desempenadeira, trena, régua, esquadro, prumo, trincha, etc.
TÉCNICA(S)
Princípios norteadores do ensino, assim como questões importantes de gestão e administração, para saber lidar da melhor maneira com assuntos relacionados a esses âmbitos.

Treinamento para uso de armas de fogo, preparo tático para operações de execução de prisões e buscas, conhecimento tático para cumprimento de operações policiais, técnicas de conciliação.
Dependendo da área de atuação pode variar entre as técnicas necessárias, mas todos devem possuir aptidão e condicionamento físicos, treinamento em ordem unida, conhecimento das normas padrão de ação.

Bom relacionamento, conhecimento das ferramentas e sua utilização, conhecimento e prática com alvenaria, acabamento, noções básicas de cálculos, nivelamento e alinhamento, etc.

TECNOLOGIA
O pedagogo pode utilizar recursos, como: celular, internet, projeção, etc para tornar sua aula mais interessante bem como facilitar o desenvolvimento do seu trabalho.

Ferramentas administrativas para gestão de pessoas, produção e comunicação de documentos, uso de drones para investigação aérea e acompanhamento de operações especiais, ferramentas de interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, tecnologia para identificação de variação emocional para fins de interrogatório.

Seja do exército, marinha ou aeronáutica a tecnologia é ampla, sempre atual, e fundamental para o controle das operações militares, haja vista que muitas ferramentas e recursos populares da vida comum, em sua maioria, tiveram início com aplicações militares, como: internet, GPS, micro-ondas, câmeras, antibióticos, computadores, etc.
Conhecer novas máquinas que facilitam o trabalho como impressora 3D, máquina de reboco e chapisco. Utilização do celular como ferramenta através de apps: realidade aumentada para metragem, cálculos, níveis.


Técnica e tecnologia contêm o mesmo radical que provêm do termo grego tekhnē (“arte”, “perícia”, “habilidade”), contudo, como pode ser visto no quadro sinótico acima, são palavras totalmente diferentes. Resumidamente, podemos definir técnica como “o conjunto dos meios e dos métodos usados no tratamento duma arte ou ciência” (AURÉLIO, 2011), enquanto que tecnologia é o “conjunto de conhecimentos, especialmente de princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade” (ibidem). Ou seja, técnica é a habilidade que permite a realização de um tipo de tarefa e tecnologia é a aplicação da ciência para se alcançar um determinado objetivo.
Fica claro que a ciência tem uma relação mais próxima com a tecnologia do que com a técnica e, portanto, pode-se dizer que tecnologia é “ciência aplicada”, a qual está inter-relacionada com a vida, a sociedade e/ou com o ambiente. Bem como, produz/promove novas técnicas a serem aprendidas pelos seres humanos. Cujo escopo é facilitar o trabalho e ampliar a cultura.


Referências:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FERREIRA, A. B. H. Aurélio Júnior:  dicionário escolar da Língua Portuguesa. 2. ed. Curitiba: Positivo, 2011.




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